sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Este amor, este ódio

O meu sonho, parece que falha a ver as manhãs nascerem, porque ficam presos na noite escura. O sonho transformou-se numa coisa que éramos, e que nunca fomos. O mapa para encontrar os sonhos que antes viviam está escondido num sítio onde não o posso procurar, e quando estou acordado, preciso dos teus beijos de veneno que me deitam abaixo e fazem reviver o sonho perdido. Estou farto de viver aquilo que tu estás morta por ver. Deixa tudo queimar, estou perdido aos teus olhos, sou um vagabundo no teu coração, um estranho na tua alma. Mas leva-me, faz-me fraco e levanta-me! O ódio que me deste apenas me diz para eu arder, para que as minhas assas morram, e se tornem cinza do passado, para que nunca mais te leve a voar pelas planícies do nosso mundo privado. Grito para dentro, acredita que grito para dentro, e é um som tão alto, tão alto... Apenas grito, porque não existe mais nada para te dizer. Sem ti, já não há razão para me levantar da cama, quanto mais para lutar.

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